quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Resenha [livro] - O Artefato, de V. R. Janson


Olá, chóvens!

Estamos voltando à programação normal do blog, ou o mais normal que meu trabalho oficial e meus médicos permitem...

Mas não se esquentem, vamos ter muitas novidades! Vamos a mais uma resenha de livro nacional?

Venham comigo dar uma conferida no livro O Artefato, mais uma brilhante ficção científica com traços sobrenaturais escrita pelo nosso autor parceiro V. R. Janson e publicado como e-book Amazon!


Sobre o LIVRO:

O Artefato
Autor: V. R. Janson
Editora: Amazon
Gênero: suspense / ficção científica
Ano: 2017
247 p.

Sinopse:
O astrônomo John Deanman se depara com o que vinha esperando durante toda a vida: os sons dos alarmes de detecção do Observatório Nacional de Highpass. Está agora com a missão de descobrir do que se trata, mas para isso terá que se aventurar por onde menos esperava que o seu destino o levaria e enfrentar os seus maiores medos. O Artefato, uma história de ficção científica que nos leva a pensar sobre o que estimula a raça humana a seguir em frente.


*Obra cedida pela autor no formato digital para resenha referente a parceria 2017-2018. As opiniões são exclusivamente nossas. Não houve nenhum tipo de intervenção em nossos comentários.*



Imagina que você pega um livro de ficção científica, um daqueles com a capa de imagens de antenas da Nasa ou outro observatório desses e lá do meio pro fim, você começa a perceber que ele tem um gênero extra, escondido no enredo. O Artefato é exatamente assim.


No Observatório Nacional de Highpass, situado a 60 km da capital de Highpass, bem no meio do deserto, o Dr. John Deanman e sua equipe trabalham ininterruptamente, analisando os dados recebidos pelas grandes antenas todos os dias.

"Quando fazemos o que amamos, nunca enxergamos o trabalho como trabalho. O que fazemos se torna nossa diversão. Portanto, quando estamos nos divertindo e relaxando, nada melhor do que conversar sobre o que amamos."

Nada muda desde o segundo ano após a construção do laboratório, ano em que o Dr. John assumiu a diretoria. Alguns novos planetas, outros cometas, mas nem sinal de vida alienígena. Ainda.

Até a chegada de 3 novas antenas com uma tecnologia mais potente, que receberão 40% a mais de sinais do universo. Uma delas cismou de não funcionar como deveria. Então, enquanto quase todos estavam no happy hour, comemorando o upgrade no posto Halfway do velho Mickey, um novo sinal começa a apitar no laboratório.


Descobrem, então, que um dos analistas, Frank Better, havia tentado consertar a antena defeituosa, mexendo em seus parâmetros, incluindo um algoritmo novo para ver se o motor da antena resolvia funcionar como os outros. E que o tal sinal era captado apenas por ela. Mas esse nem foi o choque principal: a tal antena não estava apontada para o espaço, e sim para a Terra.

Começa, então um trabalho extenso da equipe para descobrir e validar a origem do sinal. Na mesma equipe estão Susie Fanningham, matemática e única mulher da equipe, Peter Bellavie, o outro analista. Ele são "A" equipe do Dr. John, mas além destes, no local trabalham Mário Patew (estatístico), Roman Fabbs (mecânica quântica), Paul Fillet (astrofísico) e Dona Lara (assistente geral).

"Algo estava sendo arquitetado. O livre arbítrio não existia mais. Eles, o pessoal do Projeto Atlântida, haviam sido manipulados por uma força maior. Algo que sempre existira e que conseguia dominar a mente das pessoas."

Depois, auxiliados pelo governo e iniciativas privadas, passam a tentar montar um equipamento especial para chegarem à origem e o que fazer quando descobrem O Artefato em si.

Além da trama principal, há várias subtramas envolvendo todos os personagens. Nenhum deles foi esquecido e, com o desenrolar do enredo, muito outros surgem.


Erros de revisão foram poucos, nenhum atrapalhou minha leitura. A capa é simples, peculiar e representa o observatório. Descrição #pracegover: a imagem principal é de numerosas antenas gigantescas alinhadas em um corredor. Todas possuem a cor branco acinzentado. Abaixo, o chão e acima o céu do crepúsculo, ambos em tom de cinza azulado, sendo o chão mais escuro e o céu mais claro. O título está recordado em branco no "céu".

O livro é dividido em 4 grandes partes (O Sinal, Providências, Melvin Bay e O Artefato), mas não tem capítulos. As passagens são marcadas por divisórias simples. O enredo e o desenrolar dele, o plot geral, é ótimo! Deixa você viciado na leitura, mantém sua curiosidade ativa. Janson é muito bom na escrita, tem jogo de cintura com as palavras.

Eu fiquei encantada com a leitura. Comecei achando que seria uma ficção científica, mas novamente, assim como aconteceu com "Luzes em Thaupeeka", o enredo dá uma guinada doida de 180° e descobrimos que esconde um outro gênero, o que deixa a última parte do livro tendendo ao sobrenatural.

"Quem sou eu? Não tenho uma resposta precisa para sua pergunta. Eu sou o que faz a humanidade ser o que é. Apenas isso."

O desenvolvimento me deu a sensação de realidade, de que aqui fora, na vida real, funcionaria exatamente daquele jeito. Todos os personagens foram críveis e humanos, digo, nenhum era espetacularmente bom ou mal, apenas cientistas normais não sei se isso existe!. Mas  melhor dos personagens foi Clarice, a cadelinha viciada em pão. 

O final foi fantástico e me deixou com uma sensação de "quero mais". Janson, mais uma vez fico estarrecida com um livro seu. Parabéns! Espero que este também consiga uma casa editorial em breve para termos o livro impresso em mãos!

Leitores, passem na Amazon e salvem O Artefato em sua biblioteca Kindle. Leitura maravilhosa garantida!



Sobre o AUTOR:

Cirurgião Dentista nascido no ano de 1973 em Bauru - SP, atualmente reside na Bahia. Descobriu sua criatividade em criar histórias de ficção científica tentando preencher as lacunas deixadas pelos livros inexistentes que ele próprio gostaria de ler. Usa uma narrativa intuitiva e guiada pela situação, dando ao leitor uma livre viagem pelo mundo da imaginação e o desafiando a criar em sua mente o desenrolar da trama juntamente com o texto que está lendo.

O seu senso de humor sarcástico e incisivo confere às suas histórias um clima divertido e crítico das situações encontrados no cotidiano. Juntamente com uma história envolvente, é tudo o que os amantes da ficção científica poderiam querer.


OBRAS JÁ RESENHADAS:


Ao Janson, muito obrigada por ter me permitido conhecer mais uma obra sua!

Aos leitores, um pedido: ajudem a divulgar os livros nacionais que merecem!

Até + ver!



Nuccia De Cicco é bióloga, Doutora em Bioquímica, escritora, poetisa, bailarina e blogueira. Carioca de paixão de Santa Teresa, é apaixonada por livros, seriados, tatuagens e lambidas caninas, além de ter uma queda saudável por cafajestes. Surda desde os 27 anos, é co-autora em treze antologias e publicou o livro “Pérolas da minha surdez”, uma obra sobre luta e força de vontade. Todas as suas facetas são mostradas no blog “As 1001 Nuccias”. Nele, a literatura impera!

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