sexta-feira, 31 de julho de 2015

Resenha [livro] [Literatura Surda] - Desculpe, não ouvi!

Olá, pessoas!

Vamos dar continuidade à três de nossas marquinhas lindas (vulgo TAGs)?

Em uma só postagem, irei apresentar uma nova personalidade surda, juntamente com a resenha da sua obra que faz parte da categoria Literatura Surda.

Para quem não sabe, a tag Literatura Surda foi iniciada este mês, com mais um pouquinho do meu livro "Pérolas da minha Surdez".

Dando continuidade, apresento a vocês Lak Lobato, autora do livro Desculpe, não ouvi!, lançado em 2014, pela Editora Atitude Terra, após uma campanha no Catarse.

Eu ia apresentar livro e autora separadamente, mas como é uma autobiografia, a narrativa será toda intrincada. Então, misturemos tudo!

A sinopse divulgada é:

*Livro do acervo pessoal do blogueiro*

Lak Lobato perdeu a audição aos 10 anos e só recuperou a capacidade de ouvir décadas mais tarde, graças a um bem sucedido implante coclear bilateral. A alegria contagiante de Lak Lobato ao voltar a ouvir pode ser comparada à euforia de um bebê quando aprende a falar. A experiência com os sons, as descobertas, o riso espontâneo, a alegria da comunicação. Entretanto, diferentemente do bebê, Lak é adulta e consegue refletir sobre seu encantamento, sobre a importância da audição e a beleza dos sons que nos rodeiam, ao contar sua trajetória de forma bem humorada e sem pieguismos, Esse olhar – e esses ouvidos – atento ao universo sonoro no qual nós vivemos é o tema desse livro.Um livro para ler com um sorriso no rosto e os ouvidos bem atentos para um universo sonoro que nos rodeia. 

E, agora, sem mais delongas, resenha e autora para vocês:

Como vocês perceberam, Lak e eu temos 2 'algos' em comum: 1) a surdez; 2) a forma como aprendemos a viver no silêncio. Porém, o tempo de surdez e a idade com que mudamos é totalmente discrepante.



Lak (abreviação do seu nome Lakshmi, em homenagem a Deusa Hindu da Fortuna) ficou surda aos 10 anos de idade, da noite para o dia. E permaneceu em silêncio por 20 anos, até que criou coragem de ir a um especialista em reabilitação auditiva e receber o implante coclear (IC - saiba um pouquinho sobre clicando AQUI).


O livro é baseado no blog de mesmo nome, onde você encontra trechinhos da vida de surda e depois de implantada, além de várias notícias e discussões sobre surdez. Da mesma forma que eu aqui no blog, lá não há necessidade de especificar o público surdo, as notícias são para todos. Porém, ela dá uma ênfase aos surdos oralizados (aqueles que não sabem, aprenderam ou se adaptaram à Língua de Sinais), pois é o que ela sempre foi.

Apesar de ser uma editora pequena, de produção limitada e por demanda, a Atitude Terra fez um trabalho impecável com o livro da Lak, desde sua diagramação até a arte da capa. Aliás, quando comprei o livro, diretamente das mãos da autora em um evento sobre IC aqui no RJ (pausa para o #momentofãmaluca), fiquei um bocado intrigada sobre o significado da capa. E, então, dentro do livro, uma das primeiras frases dela após ativar o IC é sobre romper a 'bolha do silêncio'. Perfeição! Achei uns errinhos de pontuação, coisa que encontro em quase todos os livros que leio; nenhum influencia a narrativa e não tenho do que reclamar. 

Comecei a me debulhar em lágrimas já nas primeiras páginas. Não pela história em si, que é linda, claro, mas pela identificação. Quantas vezes não tive vontade de espalhar as mesmas sensações e, ao mesmo tempo, nenhuma coragem de fazer, pois não me sentia bem, tão vulnerável? E, quando finalmente o fiz (para o meu próprio livro), quantas vezes não chorei, lendo as minhas mesmas coisas...? 

Para completar a resenha, nas últimas páginas do livro, podemos encontrar textos escritos por profissionais da área do IC que explicam o que é a prótese, como uma pessoa pode ser ou não candidata, como é o processo de implantação e adaptação. Isso é importante para quem não conhece o aparelho e estava com receio e também para as pessoas anti-IC estudarem um pouquinho mais antes de saíram erguendo suas placas de protesto.

Enfim... Atualmente, eu e Lak somos amigas virtuais, pois como moramos em estados diferentes, pouco nos vemos. Entretanto, as ideias, experiências e pontos de vista não deixam de ser trocados com frequência. 

E, como já é de costume do blog, fiz algumas citações, sempre pensando nas passagens que me marcaram mais profundamente. Essas foram bem especiais:




E aí? Gostou e quer comprar o livro? Então, acesse o site da editora. Aproveita e adiciona o livro no skoob!


Assista ao book-trailer!


Entre em contato com a Lak Lobato nas redes sociais:

  
   

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Até + ver!




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